Política

Datafolha: após vazamentos, Moro perde 7 pontos de popularidade

Já Bolsonaro se mantém estável e continua tendo o pior resultado de um primeiro mandato desde a redemocratização

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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, continua sendo o integrante do governo Bolsonaro mais conhecido pela população, porém, não mais tão bem avaliado como antes. Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (7), 52% da população avalia positivamente a atuação do ministro, comparado com 59% do último levantamento realizada em abril deste ano.

A queda de sete pontos percentuais se deu ao fato de o ministro estar envolvido nos vazamentos de conversas da Lava Jato divulgados pelo site The Intercept Brasil. Neles, Moro, ainda juiz responsável pela operação, mantém diálogos com integrantes do Ministério Público e troca informações privilegiadas consideradas ilegais por especialistas.

Sobre a atuação do ex-juiz nas conversas vazadas, a pesquisa mostra que 58% acham que a conduta de Moro foi inadequada, ante 31% que a aprova. Ao mesmo tempo que reprovam sua atitude, a maioria prefere que Moro continue no cargo de ministro. Para 54%, não há motivo para sua saída, enquanto 38% acham que sim.

Também são 58% os que dizem acreditar que eventuais decisões de Moro na Lava Jato devem ser revistas caso seja comprovado o teor das conversas vazadas. Para 30%, o ganho no combate à corrupção compensa eventuais excessos cometidos.

Bolsonaro continua tendo a pior avaliação da história

Já o presidente Jair Bolsonaro se mantém estável em sua avaliação, desde a última pesquisa do Instituto, e continua tendo o pior resultado de um primeiro mandato desde a redemocratização. Para 33% dos entrevistados, o pesselista faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31% regular e para outros 33% ruim ou péssimo.

Os tropeços do governo, as demissões de 3 ministros de alto escalão, propostas rejeitadas pelo congresso, disputa interna entre militares e olavistas, entre outros pontos, fizeram com que a esperança de que Bolsonaro faria uma boa gestão caísse 8 pontos percentuais.

De abril para cá, foi de 59% para 51% o índice dos que acreditam em uma gestão ótima ou boa, conforme a pesquisa. A expectativa de um governo regular subiu de 16% para 21% enquanto a porcentagem de pessoas que não vêem esperança se manteve em 24%.

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