Política
Procurador confirma a jornal autenticidade das mensagens da Vaza Jato
Integrante dos grupos de Telegram atestou existência das mensagens críticas à Moro, reveladas na sexta 28
Um procurador que estava nos grupos do aplicativo Telegram confirmou ao jornal Correio Braziliense a autenticidade das mensagens vazadas na sexta-feira 28 pelo site The Intercept. Segundo ele, as críticas feitas ao ex-juiz Sérgio Moro por parte de membros da força-tarefa da Lava Jato realmente existiram.
“Não posso atestar que tudo que foi publicado até agora é real e não sofreu alterações. No entanto, aquelas mensagens que foram publicadas ontem (sexta-feira 28) são autênticas”, informou ao jornal o membro do Ministério Público Federal.
Críticos ao vazamento e o próprio ministro da Justiça afirmaram que o conteúdo era duvidoso após um erro de edição ser corrigido pelo site. Em tuite publicado pelo editor-executivo Glenn Greenwald, o nome de um dos procuradores aparecia como Ângelo Goulart Villela.
A matéria publicada, no entanto, citou Ângelo Augusto Costa – o que foi corrigido antes da publicação original, mas conseguiu movimentar o argumento de Moro e da Associação Nacional de Procuradores da República sobre a falta de veracidade das mensagens.
A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava Jato. Houve trocas de nomes e datas pelo próprio site que as publicou, como demonstrado por OAntagonista.
— Sergio Moro (@SF_Moro) June 29, 2019
O procurador que falou ao Correio afirmou lembrar-se da troca de mensagens com conteúdo crítico ao ex-juiz Sérgio Moro, e afirmou ter conseguido recuperar mensagens do grupo, que já foi excluído. “Percebi que os trechos divulgados não são de diálogos completos. Tem mensagens anteriores e posteriores às que foram publicadas”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


