Cultura

Guia Negro Entrevista estreia no canal de CartaCapital no YouTube

Descubra novos lugares, culturas e afetos com os personagens entrevistados por Guilherme Soares Dias, do portal Guia Negro

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“O que é ser um corpo negro no mundo?” É com essa pergunta que o jornalista Guilherme Soares Dias encerra as conversas do Guia Negro Entrevista, mas pode partir dela o entendimento de um programa sobre novas perspectivas dos lugares, pessoas e afetos da cultura negra.

Realizado pela Terra Preta Produções, com direção de Rodrigo Portela e produção de Heitor Salatiel, a primeira temporada do Guia Negro Entrevista tem 10 episódios, cada um com um entrevistado de peso. As gravações iniciaram no mês de abril e receberam Hédio Silva, Hélio Menezes, Rincon Sapiência, Patrícia Santos, Adriana Barbosa, Oswaldo Faustino, Erica Malunguinho, Luciana Paulino, Xênia França e Robinho Santana na primeira leva de convidados. Uma segunda temporada já está sendo articulada ainda para 2019.

Para entender mais sobre o do projeto, CartaCapital conversou com um dos idealizadores do portal Guia Negro, Guilherme Soares Dias, sobre o que esperar da temporada, dos entrevistados e sobre o propósito de ser um guia no meio de desinformações e preconceitos, mas também de muita cultura.

CartaCapital: Como surgiu o Guia Negro Entrevista?

Guilherme Soares Dias: Eu fiz um mochilão em 2016 em 25 países, nos cinco continentes, e, quando eu voltei, percebi que tinha poucas pessoas negras viajando. Eu fiquei com vontade de escrever sobre lugares e culturas que vi, além de incentivar que mais pessoas negras viajassem. Quando eu comecei a fazer entrevistas com personalidades interessantes, percebi que pouca gente lia os textos, e notei que eu não conhecia nenhum programa direcionado para pessoas negras, mesmo sendo 54% da população – os programas de entrevista clássicos têm a maior parte dos entrevistados brancos.

CC: Você diz sobre conversar de ‘lugares’ e ‘afetos’. Como inserir essas perspectivas em um guia?

GSD: Tem duas perguntas que a gente faz pra todo mundo. Uma que é para ecoar novas pessoas – se eu entrevisto uma cantora, peço pra ela dizer uma cantora que todo mundo deveria conhecer, por exemplo. E eu também pergunto sobre como é ser um corpo negro no mundo. Geralmente, as respostas são bastante emotivas… as pessoas não estavam esperando por essa pergunta. Tem sempre uma coisa muito subjetiva.

CC: O que você destacaria das conversas dessa temporada?

GSD: A ideia é que a gente pudesse conversar sobre lugares, afeto, questão social e aspecto racial. Eu tenho a vontade de discutir raça não só sobre o aspecto das coisas ruins. Tem sempre a surpresa com a última pergunta, e também a vontade de falar sobre os projetos de outro ponto de vista, de contar mais sobre a vida delas e de lugares que são importantes na vida dessas pessoas.

O Guia Negro Entrevista vai ao ar todas às quintas-feiras, às 19h, no canal da CartaCapital no Youtube.

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