Educação
CNE adia votação da Base Nacional Comum Curricular
Três pedidos de vistas levaram votação para próxima reunião do Conselho; ainda não há data para nova sessão


Por Carol Scorce
A votação da Base Nacional Comum Curricular, prevista na reunião do Conselho Nacional de Educação (CNE) para esta quinta-feira 7, foi adiada pelo presidente do conselho Eduardo Deschamps. Três pedidos de vista foram feitos pelos conselheiros. Pelo regimento, os pedidos obrigam o presidente a interromper a sessão que dará o aval final para que a Base seja homologada pelo MEC (Ministério da Educação) e ganhe força de lei.
A ideia de a educação ter um documento nacional que oriente as políticas pedagógicas é uma demanda antiga de educadores, pesquisadores e comunidade escolar de modo geral. Até então as unidades de ensino orientavam suas abordagens de maneira genérica, com prerrogativas distintas definidas por cidades e estados, e por materiais didáticos escolhidos pelo governo federal. A BNCC está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), promulgada em 1996. Quando o documento ganhar força de lei – ou seja, após a aprovação do Conselho Nacional de Educação – ao menos 60% da pedagogia nas escolas deverão seguir a orientação nacional. Aproximadamente 50 milhões de estudantes serão afetados.
Se aprovado pelo CNE ainda este ano, o treinamento de professores para o novo currículo começa em 2018 e a execução fica para 2019.
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