Educação
Mais de 4 milhões de professores devem aderir à greve geral
Docentes são contra a Lei da Terceirização e as reformas trabalhistas e da Previdência, que vai alterar aposentadoria especial
Mais de 4 milhões de trabalhadores da educação devem ir às ruas na greve geral do próximo dia 28 de abril. A estimativa é da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que tem 50 sindicatos afiliados em todo o país, e conta com 100% de aprovação da paralisação.
Para a data, também é esperada intensa mobilização dos professores das escolas particulares. Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), a categoria deve fazer a maior paralisação dos últimos 20 anos. Até a data de hoje, só na cidade de São Paulo, se tem a adesão de 200 escolas, entre paralisação total ou parcial. Sindicatos do Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP) também sinalizam interesse na greve.
Os professores se colocam contra a Lei da Terceirização, já aprovada, e contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, que seguem em votação.
O presidente do Sinpro, Luiz Antonio Barbagli, entende que a categoria será “penalizada”, sobretudo, com a reforma da Previdência, que altera o direito à aposentadoria especial. O presidente do CNTE, Heleno Araújo, reforça que o recuo do governo no novo texto da Previdência ainda não contempla as demandas dos trabalhadores da educação.
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” Rejeitamos as medidas porque elas partem de fundamentos falsos. Primeiro, a questão da falta de recursos. Há outras possibilidades de fonte tanto para a Previdência, como para as políticas sociais. Depois, a questão da expectativa de vida pautada sobre uma média nacional que não retrata a realidade de todas as regiões do país e fará com que muitas pessoas morram antes de ter direito a se aposentar. Queremos rediscutir a proposta dentro da realidade do país”, observa.
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