Educação

Vídeo mostra diretor de escola ocupada agredindo aluno com corrente

Estudante filmava, de dentro de ocupação, ação violenta de funcionários que tentavam entrar na instituição à força

Vídeo mostra diretor de escola ocupada agredindo aluno com corrente
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Guilherme Lima Pereira, aluno do 3º ano da escola estadual João Dória, na zona leste de São Paulo, foi agredido com uma corrente de cadeado ontem (15) pelo diretor da instituição, Ranieri Ribeiro. O estudante filmava por fresta enquanto o gestor e outros três homens tentavam derrubar o portão da escola ocupada.

O vídeo de 2 minutos e meio mostra o diretor, calvo e de cabelo branco e outros três homens dando pontapés e martelando o portão com ferramentas. Termina quando o diretor percebe a filmagem e investe contra Guilherme.

Segundo o aluno, dois dos outros homens são o filho do diretor (o mais alto) e o professor mediador da escola, identificado como Claudionor. “Depois daquilo um professor que nos apoia foi conversar com eles e acabou levando um soco do Claudionor”.

Aluno e professor agredido fazem Boletim de Ocorrência neste momento na 50ª Delegacia de Polícia, no Itaim Paulista.

Uma das alunas na ocupação explicou à Carta Educação que outra diretora, Marcia, havia ligado para vários pais e chamado para uma reunião na escola ontem às 14h “para resolver isso”.

Às 14h40 apareceram os funcionários que se vê no vídeo. “Diretor, filho, um professor, o funcionário do estacionamento e umas pessoas desconhecidas pelos alunos. Eles portavam madeiras e correntes para nos intimidarem. Tentaram quebrar nossos cadeados e correntes, e inclusive o portão do escola. O diretor, ao perceber que estava sendo filmado, foi tentar retirar o celular do aluno, que recuou com o celular, o Ranieri se irritou e bateu com a corrente no rosto do aluno”, explicou.

Ela conta também que o “inspetor, Cleyton”, tentou entrar pela secretaria, arrombando a porta e pedindo ‘diálogo’. “Nós alunos estamos trancados dentro da escola, e a única coisa que fizemos foi jogar água, pois não tínhamos o que fazer.”

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