Política
Bolsonaro se reúne com líderes de Câmara, Senado e Supremo por ‘pacto’
Governo tem expectativa de que acordo seja assinado na semana do dia 10 de junho
Nesta terça-feira 28, o presidente Jair Bolsonaro recebeu os chefes dos três poderes para estabelecer maior articulação para o governo – constantemente posto em crise nos primeiros meses de governo. Rodrigo Maia (DEM-RJ) pela Câmara, Davi Alcolumbre (DEM-AP) pelo Senado e Dias Toffoli representando o Supremo Tribunal Federal reuniram-se no Palácio da Alvorada para “formalizar um pacto de retomada do crescimento”, segundo disse Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, a jornalistas do local.
“Estão todos preocupados e todos querem construir um caminho onde o Brasil, como a gente sempre diz, possa passar o portal do equilíbrio fiscal e ir para o caminho da prosperidade, que é o que todos nós desejamos”, comentou Lorenzoni. Há expectativa de o pacto ser assinado na semana do dia 10 de junho, informou o ministro.
📹Café da manha do Presidente @jairbolsonaro com Dias Toffoli, presidente do @STF_oficial; @davialcolumbre, presidente do @SenadoFederal Federal e @RodrigoMaia ,presidente da @camaradeputados https://t.co/QljRDDDKkV 📺 pic.twitter.com/D7uHdQjbOT
— TV BrasilGov (@tvbrasilgov) May 28, 2019
Na reunião estavam presentes também o ministro da Economia, Paulo Guedes, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Segundo o porta-voz da presidência, Bolsonaro referiu-se aos atos do dia 26 e disse que a “voz das ruas” não pode ser ignorada. “É hora de retribuirmos esse sentimento. O que devemos fazer agora é um pacto pelo Brasil.”
Apesar de pregar que as manifestações foram espontâneas, tanto o presidente quanto outros ministros, como Sergio Moro, divulgaram apoio nas redes para o enobrecimento da imagem do governo, desgastada após sucessivas polêmicas. O presidente chegou a compartilhar uma foto de um ato de 2015, com uma senhora já falecida.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Manifestações podem definir futuro de Bolsonaro no Congresso
Por Agência Pública
Bolsonaro posta foto de idosa já falecida para comentar atos do dia 26
Por CartaCapital
Um Brasil entre o histriônico Bolsonaro e o intimista Mourão
Por CartaCapital
Relação ruim de Jair Bolsonaro com o Congresso parece não ter volta
Por André Barrocal