Opinião

Memória: Saudades, Gianni

Perdemos um jornalista da estirpe dos Carta e um intelectual de grande erudição, sensibilidade e percepção histórica

Memória: Saudades, Gianni
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Perdemos Gianni. Perdemos um jornalista da estirpe dos Carta e um intelectual de grande erudição, sensibilidade e percepção histórica. Tive a ventura de escrever o prefácio de seu livro sobre Garibaldi, o gaúcho-italiano que venceu a batalha da unificação da Itália na segunda metade do século XIX.

Em sua peregrinação em busca do espírito e dos feitos do republicano Gianni cuida de repelir as tentativas de apropriação do fenômeno Garibaldi pelos fascistas. Com sua sensibilidade, Gianni afirma que “os movimentos são mais importantes que os heróis carismáticos, e o fascismo não era como declarava Il Duce, a consumação do Risorgimento. E, apesar das divisões em meio ao movimento republicano liderado por Mazzini, Garibaldi era a consumação do republicanismo italiano.”

A liberdade tinha a nação como seu abrigo e a república como sua forma política suprema. A nação e a república eram os templos dos homens livre e iguais, assim rezavam os princípios da Liberté, Egalité e Fraternité.

Saudades, Gianni.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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