Cultura

Novo patrocínio salva o Cine Belas Artes de fechar as portas

Bolsonaro mandara suspender patrocínio da Caixa em fevereiro, mas cervejaria Petrópolis “adotou” as salas

Novo patrocínio salva o Cine Belas Artes de fechar as portas
Novo patrocínio salva o Cine Belas Artes de fechar as portas
Em março, cinéfilos e produtores da área do cinema fizeram um manifesto em busca de soluções para manter ao cinema funcionando (Foto: Divulgação)
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Há cerca de três meses, o governo Bolsonaro anunciou o fim dos patrocínios culturais da Caixa Econômica Federal, o que feriu de morte diversas instituições, entre elas o mais importante cinema de rua de São Paulo, o Belas Artes, complexo de 6 salas na Rua da Consolação. O patrocínio tinha sido suspenso em 28 de fevereiro.

 

Depois de uma intensa mobilização de espectadores e cidadãos, que chegaram a ir às ruas pedindo socorro para o cinema, chega enfim uma boa notícia: o Belas Artes encontrou um novo patrocinador que vai garantir sua sobrevivência por, no mínimo, mais cinco anos. A cerveja Petra, do Grupo Petrópolis, abraçou a causa e se ofereceu voluntariamente para ser o patrocinador, segundo informou esta manhã o diretor dos cinemas, André Sturm.

“No momento em que a gente vive uma série de ações negativas, de estímulo à violência e especialmente em relação à cultura”, disse Sturm, “essa é uma manifestação a favor e isso é muito importante”.  Eliana Cassandre, gerente de Marketing do Grupo Petrópolis, disse que leu sobre o iminente fechamento do Belas Artes na imprensa, e coincidiu de ser um momento em que a empresa buscava um posicionamento de suas marcas junto ao setor cultural. “O Cine Belas Artes é um ícone, não só para São Paulo, mas para o Brasil”, afirmou.

Belas Artes e Grupo Petrópolis não informaram o valor do contrato por cinco anos de apoio, mas André Sturm disse que é “um valor superior ao contrato anterior” , que paga o aluguel e “nos dá tranquilidade para os próximos 5 anos, o que é bastante para os dias de hoje”. Ex-secretário de Cultura de Sâo Paulo, ele afirmou que, hoje, a cultura está colocada como uma das últimas prioridades do governo. São 49 pessoas empregadas nas salas. Débora Ivanov, representando a Agência Nacional de Cinema, e Sergio Sá Leitão, atual secretário de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, participaram do anúncio.

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