Economia
Inflação sobe para 0,75% em março, maior taxa para o mês desde 2015
Segundo dados divulgados pelo IBGE, a inflação de março foi fortemente influenciada pelas altas de preços dos alimentos e bebidas


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial subiu para 0,75% em março deste ano. Em fevereiro, a taxa havia sido de 0,43%. A taxa também ficou acima do 0,09% de março do ano passado. Segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 1,51% no ano e 4,58% em 12 meses.
A taxa de março foi a maior para o mês desde 2015 (1,32%). O acumulado do ano é o maior para um primeiro trimestre desde 2016 (2,62%). O acumulado em 12 meses é o maior desde fevereiro de 2017 (4,76%).
Segundo o IBGE, a inflação de março foi fortemente influenciada pelas altas de preços dos alimentos e bebidas (1,37%) e dos transportes (1,44%), que responderam por 80% da taxa de inflação no mês.
Os alimentos para consumir em casa ficaram 2,07% mais caros no mês. Entre os produtos alimentícios que influenciaram o comportamento da inflação estão o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca (12,93%) e as frutas (4,26%).
A alta dos transportes foi influenciada pelo preço dos combustíveis, que subiram 3,49% no mês. A gasolina ficou 2,88% mais cara e o etanol, 7,02%.
Outros grupos de despesa que registraram aumento da taxa de fevereiro para março foram artigos de residência (de 0,2% para 0,27%) e vestuário (de -0,33% para 0,45%).
Quatro grupos de despesa continuaram registraram inflação em março, mas com taxas mais moderadas do que no mês anterior: habitação (que caiu de 0,38% para 0,25%), saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,42%), despesas pessoais (de 0,18% para 0,16%) e educação (de 3,53% para 0,32%).
Comunicação foi o único grupo de despesas que registrou deflação (queda de preços) em março (-0,22%). Em fevereiro, havia registrado estabilidade de preços.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.