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O apelo de Silvinei a Moraes para evitar a Papuda
Segundo os advogados, por ter sido um agente de segurança pública, o bolsonarista lida com ‘riscos objetivos acrescidos’ em prisões comuns
A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques pediu ao Supremo Tribunal Federal, neste sábado 27, que seu cliente cumpra a prisão preventiva em São José ou Florianópolis, em Santa Catarina. A tentativa é de evitar a transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A decisão será do ministro Alexandre de Moraes.
Na manhã deste sábado, a Polícia Federal transferiu Silvinei para Brasília. Ele passou a noite de sexta-feira na sede da PF em Foz do Iguaçu (PR), horas após ser preso no Paraguai enquanto tentava fugir para El Salvador com documentos falsos.
Na solicitação a Moraes, a defesa alega buscar medidas “concretas de proteção e racionalização da custódia”. Segundo os advogados, por ter sido um agente de segurança pública, Silvinei lida com “riscos objetivos acrescidos” em prisões comuns.
A petição também sustenta que Silvinei enfrentou problemas como assédio e ameaça no período em que esteve preso preventivamente na Papuda.
Se o STF determinar a custódia no DF, complementa a defesa, o ex-diretor da PRF poderia ficar no 19º Batalhão da Polícia Militar, local conhecido como “Papudinha”, anexo ao Complexo Penitenciário da Papuda. A unidade, destinada a militares e autoridades com direito à sala de Estado-Maior, funciona como um núcleo de custódia separado das instalações para presos comuns e tem capacidade para cerca de 60 internos.
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