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Grupo de 14 países condena anúncio de Israel sobre a expansão de assentamentos na Cisjordânia

O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, afirmou que a medida visa impedir a criação de um Estado palestino

Grupo de 14 países condena anúncio de Israel sobre a expansão de assentamentos na Cisjordânia
Grupo de 14 países condena anúncio de Israel sobre a expansão de assentamentos na Cisjordânia
Assentamento israelense na Cisjordânia – Foto: Zain Jaafar/AFP
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Um grupo de 14 países, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Espanha e Japão, condenou nesta quarta-feira 24 a aprovação, por Israel, de novos assentamentos na Cisjordânia ocupada.

“Nós, representantes de Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Irlanda, Islândia, Japão, Malta, Países Baixos, Noruega e Reino Unido, condenamos a aprovação, pelo gabinete de segurança do governo israelense, da criação de 19 novos assentamentos na Cisjordânia ocupada”, segundo uma declaração conjunta divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da França.

“Reiteramos a nossa clara oposição a qualquer forma de anexação, assim como ao desenvolvimento da política de assentamentos”, acrescentou a declaração.

O governo israelense anunciou no domingo que havia dado sinal verde para os assentamentos e o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, declarou que a medida visa impedir a criação de um Estado palestino.

Em sua declaração, os países enfatizaram que essa ação unilateral é “uma violação do direito internacional”.

“Essa ação pode comprometer a implementação do plano de paz para Gaza, visto que estão em curso esforços para avançar para a segunda fase, e afeta as perspectivas de paz e segurança duradouras na região”, acrescentaram.

“Apelamos a Israel para que reconsidere esta decisão e cesse a expansão dos assentamentos, em conformidade com a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU”, declararam.

Acrescentaram que estão “determinados a apoiar o direito dos palestinos à autodeterminação”.

Esses países reiteraram o seu “compromisso inabalável com uma paz abrangente, justa e duradoura, baseada na solução de dois Estados, onde dois Estados democráticos, Israel e Palestina, vivem lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas”.

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