Mundo
Museu do Louvre instala grades em janela por onde ladrões entraram
O grupo criminoso roubou peças avaliadas em 100 milhões de dólares em outubro
Uma grade de segurança foi instalada nesta terça-feira 23 na janela do Museu do Louvre por onde os ladrões entraram durante o roubo de joias que ganhou as manchetes do mundo todo em 19 de outubro.
Naquele dia, quatro criminosos conseguiram invadir o museu mais visitado do mundo e roubar joias da Coroa francesa avaliadas em aproximadamente 100 milhões de dólares (cerca de 550 milhões de reais) em apenas alguns minutos. As peças continuam desaparecidas.
Os ladrões estacionaram um elevador de carga sob a Galeria Apolo, subiram em uma plataforma, quebraram uma janela e usaram serras circulares para cortar as vitrines de vidro que continham os tesouros.
Desde o roubo, a segurança do museu parisiense tem sido alvo de intensas críticas devido às falhas expostas pelo incidente.
A grade de proteção “é uma das medidas de emergência decididas após o roubo”, disse Francis Steinbock, administrador-geral adjunto do museu, à AFP nesta terça-feira. “Reflexões estão sendo feitas sobre a segurança das outras janelas”, acrescentou o funcionário.
A presidente do Louvre, Laurence de Cars, garantiu aos senadores franceses na semana passada que uma grade seria reinstalada “antes do Natal”, especificando que a anterior havia sido removida em 2003-2004 durante grandes obras de restauração.
Outro projeto importante é o reforço da vigilância por vídeo nas fachadas do museu. “Anunciamos um sistema com 100 câmeras instaladas ao redor do palácio”, afirmou Steinbock.
Na semana passada, o Louvre também anunciou a conclusão da instalação de dispositivos de detecção de intrusão ao redor do museu.
De 15 a 18 de dezembro, os funcionários do Louvre entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho e recursos adicionais de segurança. A greve terminou na sexta-feira, mas as negociações entre os sindicatos e o Ministério da Cultura continuam para atender às reivindicações dos funcionários.
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