Política

O apelo de Lula a Macron e Meloni por acordo Mercosul-UE

Assinatura está prevista para acontecer em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado, mas enfrenta resistência

O apelo de Lula a Macron e Meloni por acordo Mercosul-UE
O apelo de Lula a Macron e Meloni por acordo Mercosul-UE
O presidente Lula (PT). Foto: Sérgio Lima/AFP
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O presidente Lula (PT) pediu, nesta terça-feira 16, que o presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, colaborem para a assinatura do acordo entre o Mercosul e União Europeia, previsto para acontecer em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado 20.

“A União Europeia está disposta a fazer o acordo, o Mercosul está disposto a fazer um acordo, mas surgiu um pequeno problema (…) espero que o meu amigo Macron e a primeira-ministra da Itália, espero que eles tragam a boa notícia de que vão assinar o acordo e que não vão ter medo de perder competitividade com o povo brasileiro”, disse.

Lula reforçou que os produtos produzidos pelo Mercosul não prejudicariam a competitividade da Europa. “O presidente Macron está muito preocupado com produtores rurais franceses, com a competitividade com o Brasil, mesmo dizendo para ele que o Brasil não compete com produtos do Brasil. Na verdade, são coisas diferentes, são qualidades diferentes”, completou.

A França é o principal País europeu que pressiona pelo adiamento da assinatura do acordo. A principal preocupação do governo francês é com a competitividade dos produtores rurais do Mercosul. Recentemente, Macron conseguiu apoio do governo italiano para adiar a assinatura, o que pode travar as negociações que já se arrastam por mais de 20 anos.

O tratado de livre-comércio busca favorecer as exportações de automóveis, máquinas e vinhos europeus aos países do Mercosul, em troca de facilitar a entrada de carne, açúcar, soja e arroz sul-americanos. Se aprovado, o acordo UE-Mercosul criaria um mercado comum de 722 milhões de habitantes.

O acerto permitirá que a UE exporte mais veículos, máquinas, vinhos e bebidas alcoólicas para a América Latina, em troca de facilitar a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja sul-americanas na Europa.

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