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Carregadores de carros elétricos em casa: o que é preciso saber antes de instalar?
Ter um veículo elétrico deixou de ser tendência distante e já movimenta adaptações dentro das casas brasileiras. O segmento vem crescendo a cada mês, com os modelos mais presentes no dia a dia das cidades. O crescimento, no entanto, provoca novas necessidades, especialmente para a […]
Ter um veículo elétrico deixou de ser tendência distante e já movimenta adaptações dentro das casas brasileiras. O segmento vem crescendo a cada mês, com os modelos mais presentes no dia a dia das cidades. O crescimento, no entanto, provoca novas necessidades, especialmente para a adaptação da rede elétrica. A frota brasileira de eletrificados, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, já chega próxima de 600 mil veículos. ToqueTec, reuniu orientações práticas para quem deseja instalar um carregador doméstico com segurança, eficiência e planejamento. A popularização de marcas como o BYD, GAC, Haval e outras impulsiona o interesse por recarga residencial, considerada a forma mais fácil e econômica de abastecimento.
Com o aumento dos carros elétricos e híbridos, as dúvidas se concentram na capacidade elétrica das residências, nos tipos de carregadores e nas particularidades de prédios e condomínios. O objetivo é facilitar a transição para uma rotina mais sustentável, integrada ao conforto e ao bem-estar doméstico.
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Avaliar a rede elétrica é a etapa inicial
A instalação começa por uma análise do quadro de distribuição. Embora alguns carregadores aceitem carregamento em 127 V, a maioria dos modelos residenciais opera em 220 V e exige circuito exclusivo para evitar sobrecargas. Algumas das marcas mais conhecidas são a Wallbox (com a linha Pulsar Plus), a Siemens (VersiCharge), a WEG e a EVBox. Todas recomendam que a verificação seja feita por profissional habilitado. Dependendo da potência escolhida, pode ser necessário ampliar disjuntores ou reforçar cabos, especialmente em casas mais antigas.
Carregadores do tipo wallbox variam entre 3,7 kW e 22 kW. Os modelos mais comuns no País operam entre 7,4 kW e 11 kW, oferecendo recargas mais rápidas sem exigir grandes obras. Em potências menores, a recarga é mais lenta, porém ainda adequada para uso noturno.
Precisa alterar a casa para receber o equipamento?
Nem sempre. Residências modernas costumam ter infraestrutura preparada para novos circuitos. Em casas térreas, a instalação tende a ser simples, exigindo apenas passagem de cabos até a garagem. Já imóveis com longas distâncias entre o quadro elétrico e a vaga podem demandar conduítes adicionais e pequenas intervenções estruturais.
Em garagens externas, algumas marcas oferecem wallbox com proteção IP65, capazes de operar sob poeira e chuva. Entre elas estão a Wallbox e a Enel X, com a linha JuiceBox. Esses modelos ampliam a possibilidade de instalação mesmo em áreas abertas.
E quando se mora em prédios?
A dinâmica é diferente. A instalação depende das regras do condomínio e da capacidade do prédio para distribuir energia. Empreendimentos recentes já contam com infraestrutura elétrica dedicada a veículos elétricos, com medição individualizada. Em condomínios mais antigos, a instalação pode exigir aprovação em assembleia e definição de padrões para evitar sobrecarga coletiva.
Alguns prédios adotam soluções compartilhadas, como carregadores coletivos alimentados pelo relógio das áreas comuns. Marcas como a ABB (Terra AC) e a Schneider Electric oferecem sistemas para recarga múltipla, com monitoramento remoto e balanceamento automático de energia. Mas atenção: sempre converse com o síndico. Já existem muitas brigas por conta de carregamento de carros em garagens de edifícios e alguns deles já proibiram a iniciativa.
Carregadores portáteis: solução prática, mas com limites
Equipamentos portáteis são úteis para emergências e viagens. Conectados a tomadas comuns, a maioria oferece potências entre 1,4 kW e 3 kW. Isso significa recarga lenta, adequada para manter o veículo em funcionamento, mas insuficiente para perfis de uso intenso. Ainda assim, são alternativas acessíveis para viagens, condomínios sem infraestrutura ou usuários que não desejam instalar um wallbox no primeiro momento. Mas atenção: nesse caso também é bom verificar se o local de carregamento tem aterramento e estrutura adequada.
Consumo de energia e rotina doméstica
A recarga residencial permite planejar custos. A maioria dos fabricantes orienta recarregar durante a noite, quando o carro está parado naturalmente. Em Estados que oferecem tarifas diferenciadas por horário, esse hábito reduz impacto na conta mensal. Carregadores mais modernos permitem programar início e fim da recarga, acompanhar consumo por aplicativo e limitar potência para equilibrar uso dos demais equipamentos da casa.
Modelos como o Pulsar Plus, o JuiceBox e o Terra AC oferecem esses recursos, conectando-se via Wi-Fi ou Bluetooth. Em alguns casos, o usuário pode integrar o carregador a assistentes domésticos, ativando funções por comando de voz.
A instalação de um carregador doméstico deve ser feita sempre levando em consideração os cuidados com a rede elétrica e o próprio veículo. Com valores sempre superiores a 100 mil reais, os veículos devem ser considerados um bem de alto valor que precisa ser preservado.
Este conteúdo foi criado com auxílio de inteligência artificial e supervisionado por um jornalista do ToqueTec
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