Política
A acirrada disputa entre Ciro Gomes e Elmano de Freitas pelo governo do Ceará, segundo pesquisa
O estado motivou um recente racha no PL, que estava inclinado a apoiar Ciro na disputa contra Elmano, mas pode partir para um ‘plano B’ após críticas de Michelle Bolsonaro
A eleição para o governo do Ceará em 2026 caminha para uma disputa acirrada entre o atual governador, Elmano de Freitas (PT), e o ex-governador Ciro Gomes (PSDB). Os dois estão empatados, segundo o novo levantamento do Real Time Big Data divulgado nesta quinta-feira 4.
No principal cenário monitorado, Ciro e Elmano aparecem com 39% das intenções de voto. A terceira colocação é do bolsonarista Eduardo Girão (PL), que reúne 14% de apoiadores.
O instituto monitorou outros dois cenários. No segundo, sem a presença de Ciro, Elmano aparece com larga vantagem na liderança. O terceiro teste novamente traz um empate técnico entre Ciro e o governador. Veja os resultados:
Cenário 1
- Elmano de Freitas (PT) – 39%
- Ciro Gomes (PSDB) – 39%
- Eduardo Girão (PL) – 14%
- Nulo/Branco – 4%
- Não sabem/Não responderam – 4%
Cenário 2
- Elmano de Freitas (PT) – 42%
- Roberto Cláudio (PDT) – 26%
- Eduardo Girão (PL) – 16%
- Nulo/Branco – 9%
- Não sabem/Não responderam – 7%
Cenário 3
- Ciro Gomes (PSDB) – 44%
- Elmano de Freitas (PT) – 42%
- Nulo/Branco – 10%
- Não sabem/Não responderam – 4%
A pesquisa entrevistou 1.200 eleitores entre os dias 2 e 3 de dezembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Racha no PL
O Ceará, recentemente, foi palco de uma crise aberta no PL, partido que abriga o bolsonarismo. A sigla encaminhava, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma aliança com Ciro Gomes com a justificativa de ‘derrotar o PT’ na disputa pelo governo em 2026. A negociação, no entanto, gerou insatisfação de Michelle Bolsonaro, que criticou abertamente a decisão do PL em se aliar com o ex-governador, um crítico ferrenho do seu marido.
Após as críticas, os filhos do ex-presidente entrarem na jogada para rebater a ex-primeira-dama nas redes sociais. Uma reunião de emergência foi convocada e o PL optou por desfazer, ao menos momentaneamente, o acordo encaminhado.
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