Mundo

México anuncia redução da jornada de trabalho e aumento do salário mínimo

O salário mínimo subirá 13%, chegando a 315,04 pesos diários (91,34 reais), equivalentes a 9.582,47 pesos mensais (2.785 reais)

México anuncia redução da jornada de trabalho e aumento do salário mínimo
México anuncia redução da jornada de trabalho e aumento do salário mínimo
A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, em 13 de outubro de 2025. Foto: Yuri Cortez/AFP
Apoie Siga-nos no

A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, anunciou, nesta quarta-feira 3, um aumento de 13% do salário mínimo em 2026, além da redução gradual da jornada de trabalho de 48 para 40 horas semanais até 2030.

Sheinbaum descartou qualquer impacto do reajuste salarial sobre a inflação, que se mantém dentro da meta do Banxico (banco central) de 3% +/- um ponto percentual.

O secretário do Trabalho, Marath Bolaños, garantiu que a redução da jornada trará benefícios para a segunda maior economia da América Latina, que encolheu 0,3% em termos anuais no terceiro trimestre, em meio às ameaças tarifárias do presidente americano, Donald Trump.

O salário mínimo subirá 13%, chegando a 315,04 pesos diários (91,34 reais), equivalentes a 9.582,47 pesos mensais (2.785 reais). Na fronteira norte, o reajuste será menor, mas o mínimo será fixado em 440,87 pesos diários (127 reais).

A jornada será reduzida em duas horas por ano a partir de 2027, após a aprovação das reformas legais pelo Congresso de maioria governista em 2026.

Os acordos foram alcançados “em consenso” entre representantes dos trabalhadores e do patronato, destacou Sheinbaum.

Essas mudanças nas leis trabalhistas se somam a outras recentes, como a que dobrou o período mínimo legal de férias remuneradas de seis para 12 dias e a que concedeu direitos e benefícios a trabalhadores de plataformas digitais.

O México é um dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais horas trabalhadas por funcionário no ano, com 2.207, segundo seus dados mais recentes, de 2023.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo