Economia
IBGE divulga a prévia da inflação para o mês de novembro; veja os resultados
Preços de hospedagens, pacotes turísticos e passagens aéreas impactaram no índice monitorado pelo instituto
O IPCA-15, índice considerado como a prévia da inflação, fechou o mês de novembro com alta de 0,20%. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira 26 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.
Segundo o IBGE, o maior impacto na prévia da inflação do mês de novembro veio do grupo de Despesas Pessoais, que saltou 0,85% no período monitorado. No grupo, os maiores aumentos vieram dos itens Hospedagem (4,18%) e Pacote Turístico (3,90%).
Altas nos preços também foram registradas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%). O primeiro subiu devido ao aumento nos custos com plano de saúde. O segundo foi impactado por passagens áreas.
Combustíveis em queda
Em novembro, diz o IBGE, os combustíveis tiveram queda de 0,46%. A gasolina caiu 0,48%; o etanol recuou 0,54%; e o óleo diesel baixou 0,07%. O gás veicular foi a única exceção, registrando aumento de 0,20%.
Alimentos voltam a subir
O preço dos alimentos também voltou a subir depois de cinco quedas consecutivas. De acordo com o IBGE, o aumento foi de 0,09%, com impacto de 0,02 ponto percentual no índice final.
“A alimentação no domicílio permanece no campo negativo, com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, destacam-se a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes (0,68%)”, detalha o instituto.
A alimentação fora do domicílio, no entanto, acelerou de 0,19% no mês passado para 0,68% em novembro. A alta foi puxada pelos itens Refeição e Lanche.

O IPCA-15
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 13 de novembro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de setembro a 13 de outubro de 2025 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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