CartaExpressa
Jean Paul Prates fala em ‘intrigas palacianas’ e oficializa saída do PT
O ex-presidente da Petrobras afirmo que não carrega ‘mágoas’ do partido e que continuará no campo progressista
O ex-senador e ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates oficializou, nesta segunda-feira 24, a sua saída do PT. Em uma carta enviada a Edinho Silva, presidente da sigla, o agora ex-petista diz que sua saída se deve a “intrigas palacianas”.
“Minha saída, provocada por intrigas palacianas e desinformações deliberadamente plantadas, e marcada pela ausência de manifestação pública do partido à época, consolidou uma percepção de esvaziamento do espaço político que antes eu ocupava“, disse.
Em entrevista à CartaCapital em setembro deste ano, o ex-presidente da Petrobras já tinha indicado que estava de saída da legenda. O ex-senador também indicou que mantinha conversas com o MDB e PDT para disputar uma vaga no Senado no ano que vem.
Apesar do relato, Prates afirma que não carrega “mágoas” e que continuará no campo progressista. “Reitero meu respeito à história do Partido dos Trabalhadores e desejo êxito àqueles que seguem nele construindo um Brasil mais justo, desenvolvido, soberano e solidário”, completou.
Dispensado da petrolífera por Lula após uma longa fritura pública. A saída de Prates da estatal foi vista como uma manobra dos ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Rui Costa, da Casa Civil.
Para o lugar de Prates, Lula escolheu Magda Chambriard, engenheira que já atuou como diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
‘Vou-me embora’: Jean Paul Prates rompe com o PT após 10 anos e ensaia volta à política pelo centro
Por Wendal Carmo
7 meses após deixar a Petrobras, Jean Paul Prates entra no LIDE, do Grupo Doria
Por CartaCapital


