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Lula está ‘preocupado’ com presença militar dos EUA perto da Venezuela

Desde setembro, as forças americanas realizaram ataques contra mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico oriental

Lula está ‘preocupado’ com presença militar dos EUA perto da Venezuela
Lula está ‘preocupado’ com presença militar dos EUA perto da Venezuela
Brasília (DF), 20/10/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de lançamento do Programa Reforma Casa Brasil, realizado no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou neste domingo 23 estar “preocupado” com a presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, perto da Venezuela, e afirmou que pretende discutir sobre este assunto com o seu contraparte americano, Donald Trump.

“Me preocupa muito o aparato militar que os EUA colocou no mar do Caribe e eu pretendo conversar com o presidente Trump sobre isso”, disse Lula à imprensa em Joanesburgo, ao fim da cúpula do G20.

Os Estados Unidos enviaram ao Caribe o maior porta-aviões do mundo, acompanhado por uma frota de navios de guerra e aviões de combate com o objetivo, segundo afirmam, de realizar operações antidrogas.

Por sua vez, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou estas manobras como uma “ameaça” destinada a derrubá-lo. Na sexta-feira, Washington advertiu às aeronaves civis no espaço aéreo venezuelano que “ajam com cautela”.

Desde setembro, as forças americanas realizaram ataques contra mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico oriental, matando mais de 80 pessoas, que, segundo a administração Trump, seriam traficantes de drogas, embora não tenha apresentado provas.

Os Estados Unidos acusam Maduro de liderar um cartel de drogas “terrorista”, e o presidente americano não descartou enviar soldados americanos. 

“É importante que a gente tente encontrar uma solução antes de começar” um conflito, disse Lula, ressaltando a fronteira compartilhada entre Brasil e Venezuela. Trump não compareceu à cúpula do G20 na África do Sul, alegando que suas prioridades vão contra as políticas dos Estados Unidos.

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