O reajuste do salário mínimo previsto para 2026 vai ampliar o valor disponível para empréstimos consignados de aposentados, pensionistas e trabalhadores com carteira assinada. Mesmo assim, a pesquisa da fintech meutudo, com 4.532 participantes, mostra que 56% nunca ouviram falar sobre a nova margem consignável.
Além disso, 8% dizem ter ouvido falar, mas não sabem como funciona, enquanto 36% afirmam estar informados sobre as mudanças que entram em vigor no próximo ano.
Salário mínimo e margem
O salário mínimo deve subir de R$ 1.518 para R$ 1.631 no início de 2026, alta de 7,44%. Como o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento ou do benefício, o valor maior amplia a quantia disponível para contratação de crédito.
Márcio Feitoza, CEO da meutudo, explica que a margem consignável define o percentual da renda que pode ser destinado às parcelas do consignado.
Efeito para aposentados
Segundo Feitoza, aposentados e pensionistas do INSS podem comprometer até 35% do benefício. Com o novo salário mínimo, quem recebe um piso terá até R$ 570,85 disponíveis para parcelas, aumento de R$ 39,55 em relação ao valor atual.
Impacto para trabalhadores CLT
O mesmo princípio vale para trabalhadores com carteira assinada. O desconto ocorre diretamente no salário, respeitando os limites definidos pelo convênio de consignação firmado entre empresa e instituição financeira.
Informação e cuidado
Para Márcio Feitoza, o desconhecimento sobre o impacto do novo salário mínimo pode levar a escolhas pouco planejadas. Ele afirma que aposentados e CLTs precisam avaliar limites, juros e condições antes de contratar crédito. Segundo ele, o consignado não representa renda adicional: as parcelas devem caber no orçamento sem afetar o cotidiano.



