Política

Atlas: Como os paraenses avaliam a COP30, o trabalho de Barbalho e a reação a Trump

O instituto entrevistou 1.006 pessoas, via Recrutamento Digital Aleatório, desde a última quarta-feira 12

Atlas: Como os paraenses avaliam a COP30, o trabalho de Barbalho e a reação a Trump
Atlas: Como os paraenses avaliam a COP30, o trabalho de Barbalho e a reação a Trump
Lobistas de combustíveis fósseis representam um a cada 25 participantes da COP30, denunciam ONGs. Foto: Mauro PIMENTEL / AFP
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Uma nova pesquisa AtlasIntel aponta que 72,6% dos paraenses acreditam em um legado positivo para o estado após a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática para o estado, a COP30, que levou a Amazônia ao centro das discussões ambientais globais. Segundo 17,5%, não haverá qualquer legado para o estado, enquanto 9,9% não souberam responder.

O instituto entrevistou 1.006 paraenses pela internet, via Recrutamento Digital Aleatório, entre a última quarta-feira 12 e esta quarta 19 . A margem de erro é de três pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

Outro destaque do levantamento é o universo de entrevistados que avaliam como positivo o desempenho do governo do Pará na organização da COP. Para 70%, o trabalho da gestão de Helder Barbalho (MDB) para sediar o evento é  bom ou ótimo, ante 17,8% que o consideram ruim ou péssimo e 12% que o definem como regular.

Chegam a 77,5% os que veem na COP30 uma possibilidade de elevar o prestígio do Pará no Brasil e a 69,3% aqueles que projetam impacto positivo para a imagem do estado no exterior. Por outro lado, 22% não acreditam na visibilidade internacional e outros 18,6% rechaçam o aumento do prestígio em território nacional.

A maioria dos ouvidos pela AtlasIntel também saiu em defesa de Barbalho na resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua crítica à construção da Avenida Liberdade, uma via que atravessa uma área de floresta no Pará.

Trump insinou, em postagem nas redes sociais, que o governo brasileiro teria desmatado uma parte da Amazônia para construir uma “estrada para ambientalistas”. Na prática, porém, a obra nada tem a ver com a COP30: é de inteira responsabilidade do governo paraense, que a apresenta como um empreendimento sustentável, embora tenha recebido críticas de entidades.

O governador criticou Trump por não ter enviado representantes à conferência em Belém. “Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas. Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar.”

Segundo a sondagem, 52% dos entrevistados concordam totalmente com a declaração de Barbalho, enquanto 27,4% a endossam parcialmente. Os que discordam atingem 14,5%, e 6,2% não souberam responder.

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