Educação

MEC avalia expansão do Enem para países do Mercosul

Aplicação pode começar a valer em 2026, inicialmente na Argentina, no Uruguai e no Paraguai

MEC avalia expansão do Enem para países do Mercosul
MEC avalia expansão do Enem para países do Mercosul
Coletiva de Imprensa do 2° Dia de aplicação de provas do Enem. Fotos: Angelo Miguel/MEC
Apoie Siga-nos no

Neste domingo 16, após o fim do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que as provas poderão ser aplicadas em países do Mercosul já a partir do próximo ano. A informação foi dada durante coletiva de imprensa que contou também com a presença do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios, órgão responsável pela elaboração do exame.

Hoje, o Enem ocorre apenas dentro do Brasil e os candidatos podem usar a nota para entrar nas universidades públicas e privadas.

Inicialmente, o Inep avalia a viabilidade de aplicar o exame em três capitais de países do Mercosul: Buenos Aires, na Argentina; Montevidéu, no Uruguai; e Assunção, no Paraguai. A ideia é que a prova seja aplicada em português, mas a medida ainda depende de análise detalhada, incluindo custos e logística, e deverá ser apresentada antes do início das inscrições.

Segundo ele, a proposta surge em um contexto de crescente interesse pela participação de alunos de outros países do Mercosul, como é o caso de estrangeiros de países vizinhos que decidem vir ao Brasil estudar. O ministro também lembrou que a criação, em 2010, da Universidade Latino-Americana da União do Mercosul (Unila), no Paraná, reforça a necessidade de abrir portas para estudantes internacionais. Para concorrer a uma das vagas dos 29 cursos de graduação da universidade, há duas formas de ingressos: para brasileiros, utilizando a nota do Enem; para latinos, utilizando o histórico escolar do candidato.

Santana também anunciou que, a partir de 2026, o Enem passará a ser uma avaliadora do Ensino Médio no País, mas não substituirá a aplicação bianual do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo