Do Micro Ao Macro

Seis tendências que vão orientar o mobiliário corporativo em 2026

Avanço das rotinas híbridas e da tecnologia redefine o uso do mobiliário e projeta mudanças na forma como empresas estruturam ambientes de trabalho

Seis tendências que vão orientar o mobiliário corporativo em 2026
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O segmento de mobiliário corporativo inicia um ciclo de mudanças influenciado pelo modelo híbrido, pela busca por ambientes funcionais e pelo uso de tecnologia integrada ao escritório.

Estimativas da Mordor Intelligence projetam que o mercado global deve alcançar US$ 109 bilhões até 2030, com ritmo anual próximo de 7%, o que amplia o interesse por soluções que atendam novas rotinas de trabalho.

Segundo Maurício Comin, fundador da Venttidue Mobiliário Inteligente, o mobiliário assume papel estratégico na organização dos espaços. Ele explica que empresas passaram a exigir peças que conectem produtividade, cultura interna e formas de uso mais flexíveis. Comin observa que 2026 marca uma mudança relevante no desenho dos ambientes, impulsionada pela convivência entre trabalho remoto e presencial.

A seguir, ele apresenta seis tendências que devem orientar o setor no próximo ano.

Mobiliário para o modelo híbrido

A consolidação do trabalho híbrido altera a função tradicional das estações fixas.

Comin destaca que mesas e layouts passam a ser redesenhados para permitir mudanças rápidas, com áreas destinadas tanto ao foco individual quanto à colaboração. Hubs de interação e zonas de uso múltiplo ganham espaço dentro do escritório.

Ergonomia e saúde

A ergonomia ganha centralidade no planejamento.

Peças ajustáveis, alternância entre posições e mecanismos que estimulam pausas tendem a se espalhar. Comin cita a expansão de mesas reguláveis, cadeiras de suporte automático e mobiliário que incentiva pequenos movimentos ao longo do dia.

Tecnologia integrada

A presença tecnológica deixa de se limitar aos computadores.

Comin aponta o crescimento de mesas com carregamento por indução, divisórias com sensores de ocupação e peças conectadas a sistemas do edifício. Esses recursos permitem monitoramento do uso e ajustes automáticos de iluminação e de configurações do posto de trabalho.

Sustentabilidade e economia circular no mobiliário

A pauta ambiental segue em avanço dentro do setor.

Os fabricantes ampliam o uso de materiais reaproveitáveis, projetam peças para desmontagem e reforçam modelos de economia circular. A adoção de componentes recicláveis e de cadeias produtivas rastreáveis passa a influenciar processos de compra.

Identidade e propósito

O desenho do mobiliário acompanha a comunicação interna das empresas.

Elementos naturais, áreas de convivência repensadas e integração de cores e materiais passam a compor ambientes que refletem cultura e valores. Comin aponta que o escritório tende a unificar espaços antes separados, como áreas de trabalho e zonas de descanso.

Panorama brasileiro

Comin afirma que o mercado brasileiro incorpora tendências globais com adaptações regionais.

O clima, o custo dos materiais e a adoção gradual de tecnologia influenciam escolhas de projeto. Tendências como uso de madeiras nacionais, vernizes ecológicos e biofilia devem ganhar participação. Segundo dados da Global Growth Insights, o segmento ligado à ergonomia pode ultrapassar US$ 11 bilhões até 2033, o que reforça o interesse das empresas por soluções voltadas a produtividade e uso contínuo.

Ao observar o avanço dessas tendências, Comin afirma que o mobiliário passa a operar como elemento que organiza fluxos, rotinas e escolhas estratégicas dentro dos escritórios, acompanhando mudanças no comportamento das equipes e nas metas corporativas.

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