Do Micro Ao Macro
Veja 5 rotas para o RH impulsionar o resultado da empresa
A pressão por desempenho redefine o papel do RH e amplia a demanda por decisões guiadas por dados, ROI e impacto nas metas corporativas
A área de RH passou a operar sob novas expectativas. Pesquisas da Deloitte e da Gartner mostram que mais de 70% dos CEOs esperam que o departamento lidere pautas de transformação organizacional e responda com números, não percepções. Por isso, cresce a necessidade de conectar metas de pessoas aos objetivos de negócio.
De acordo com Leandro Oliveira, diretor da Humand no Brasil, o movimento exige que o setor adote métricas ligadas a ROI, produtividade e custos. Ele afirma que o RH precisa responder perguntas que influenciam diretamente os resultados, como o impacto financeiro do turnover, o efeito da capacitação na receita e a eficiência real gerada por novas soluções internas.
A partir dessas demandas, Oliveira destaca cinco rotas para apoiar executivos na construção de um RH analítico e orientado ao negócio.
RH no centro de lucro
Oliveira defende que cada iniciativa seja apresentada com um business case e cálculo de ROI.
Ele cita como exemplo programas de bem-estar que devem comprovar redução de gastos com saúde e absenteísmo. O mesmo vale para um projeto de onboarding: sua avaliação passa pela redução do tempo de rampeamento e pelo impacto dessa redução na receita gerada por novos vendedores.
Ele explica que, para apoiar essa evolução, a Humand desenvolveu um Planejamento Estratégico do RH com etapas para orientar líderes na construção das metas de 2026, alinhadas ao plano corporativo.
Metas de negócios e metas de pessoas
A segunda rota envolve garantir que objetivos do setor sejam desdobramentos diretos das metas empresariais.
Se a companhia pretende entrar em um novo mercado, o RH deve construir um plano de aquisição de talentos com competências aderentes à expansão, definindo KPIs claros de tempo e custo por contratação. Para Oliveira, o planejamento de pessoas funciona como capítulo integrado ao plano de negócios.
Tecnologia a serviço da jornada
Ele afirma que a tecnologia libera tempo para ações que exigem análise humana.
Ao automatizar atividades repetitivas, o RH direciona energia para programas de desenvolvimento, apoio às lideranças, construção de sucessão e fortalecimento cultural. O executivo reforça que a adoção de sistemas deve priorizar ganho operacional que permita mais espaço para interações de alto valor.
Dados para decisões estratégicas
Nas palavras do diretor, o RH moderno opera com base em dados.
O uso de análises permite identificar competências que sustentam metas futuras e direcionar investimentos em capacitação de maneira objetiva. O especialista destaca que a tecnologia já fornece as informações necessárias; cabe à liderança utilizá-las para estruturar metas, prazos e impactos financeiros.
RH na arquitetura da experiência
A última rota envolve assumir a gestão da jornada completa do trabalhador.
Isso inclui mapear pontos de contato, coletar feedback contínuo e ajustar rotinas que influenciam percepção interna e retenção. Oliveira afirma que a clareza sobre a experiência contribui para formar empresas mais atraentes para profissionais qualificados.
Ao final, o executivo reforça que um RH guiado por dados, ROI e estratégias claras exerce influência direta no resultado da empresa e amplia a capacidade de responder às demandas de um ambiente competitivo.
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