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Reino Unido limitará proteção aos refugiados, anuncia governo

O governo informou também que vai suprimir o acesso automático às ajudas sociais para os solicitantes de asilo

Reino Unido limitará proteção aos refugiados, anuncia governo
Reino Unido limitará proteção aos refugiados, anuncia governo
Keir Starmer, o primeiro-ministro britânico. Foto: HENRY NICHOLLS / AFP
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O governo britânico reduzirá a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a retornar a seus países de origem assim que for considerado seguro”, anunciou neste sábado 15 o Ministério do Interior em comunicado.

Esta medida faz parte de uma série de reformas do governo trabalhista que serão detalhadas na próxima semana, com a finalidade de reduzir o número de imigrantes que chegam ao Reino Unido.

O governo informou também que vai suprimir o acesso automático às ajudas sociais para os solicitantes de asilo.

As medidas respondem às críticas que impulsionaram o partido anti-imigração Reform UK, de Nigel Farage, que lidera as pesquisas há meses. Serão detalhadas na segunda-feira no parlamento pela ministra do Interior, Shabana Mahmood.

“Graças às condições mais generosas no Reino Unido”, os refugiados podem na atualidade se instalar definitivamente, sem custos, após cinco anos, “sem contribuírem para o país”, indicou o ministério.

O novo sistema reduzirá a duração de sua estadia de cinco anos para 30 meses, e multiplicará por quatro, de cinco para 20 anos, o prazo necessário para solicitar a residência permanente, detalhou a pasta.

O governo do premiê Keir Starmer, que chegou ao poder em julho de 2024, está sob pressão quase diária para deter as chegadas de imigrantes e restringir seus direitos.

Diversas manifestações foram organizadas este ano em frente a hotéis que alojam solicitantes de asilo, e um protesto organizado pela extrema direita em Londres, em meados de setembro, reuniu até 150 mil pessoas, segundo a polícia.

Nesse contexto, o governo Starmer prometeu reduzir o número de migrantes que cruzam o Canal da Mancha.

Desde 1º de janeiro, 39.292 pessoas desembarcaram no litoral inglês após a perigosa travessia, um número que supera o de 2024 (36.816).

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