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Com Eduardo Bolsonaro na mira, PT quer antecipar cassação por faltas

Projeto de Lindbergh Farias cria monitoramento contínuo da presença parlamentar e acelera abertura de processos de perda de mandato

Com Eduardo Bolsonaro na mira, PT quer antecipar cassação por faltas
Com Eduardo Bolsonaro na mira, PT quer antecipar cassação por faltas
Eduardo Bolsonaro é alvo de pelo menos 4 pedidos de cassação na Câmara. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou nesta sexta-feira 14 um projeto de resolução que cria um sistema permanente de acompanhamento da presença parlamentar. A iniciativa tem como efeito imediato a possibilidade de acelerar processos de perda de mandato por excesso de faltas. Entre eles há o caso do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo cálculos da bancada petista, já faltou a cerca de 70% das sessões deste ano.

Atualmente, o controle oficial das presenças só é consolidado no início de março do ano seguinte, o que, segundo Lindbergh, abre uma janela de meses sem apuração efetiva de descumprimentos. O novo texto propõe relatórios mensais elaborados pela Secretaria-Geral da Mesa e um balanço final anual em 5 de dezembro, que seria automaticamente encaminhado à presidência da Câmara para abertura do procedimento de perda do mandato.

Conforme o projeto, a assiduidade passaria a ser monitorada “de forma contínua e cumulativa”. Ele também determina a abertura imediata do processo quando ficar configurada, a qualquer momento, a chamada “inassiduidade consumada”, definida como a impossibilidade matemática de reverter o limite de ausências permitido.

“A Constituição é clara: assiduidade é dever e sua violação acarreta perda de mandato. Não cabe à Câmara flexibilizar isso. Nosso projeto garante que o Parlamento seja exemplo de respeito às regras, fortalecimento institucional e compromisso com o serviço público”, afirma Lindbergh no texto.

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