Economia

Países da UE autorizam taxar pequenas encomendas para reduzir envios da China

A implementação da medida deve começar no primeiro trimestre de 2026; compras em plataformas como Shein e Temu serão afetadas

Países da UE autorizam taxar pequenas encomendas para reduzir envios da China
Países da UE autorizam taxar pequenas encomendas para reduzir envios da China
Pequenas encomendas de produtos da China, comprados principalmente na Shein e Temu, estão na mira das autoridades alfandegárias euripeias. Foto: Julie SEBADELHA / AFP
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Os ministros de Finanças da União Europeia aprovaram nesta quinta-feira 13 o fim da isenção tarifária sobre pequenas encomendas importadas para o bloco, em sua maioria compradas em plataformas como Temu e Shein.

A UE espera implementar no primeiro trimestre de 2026 esta medida reclamada especialmente pela França para lutar contra o fluxo de produtos chineses de baixo preço que nem sempre respeitam as normas europeias.

A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, propôs esta medida em fevereiro com o propósito de aplicá-la em meados de 2028 no marco de uma grande reforma para harmonizar as normas alfandegárias.

No entanto, os 27 países membros e a Comissão querem acelerar o processo para aprovar esta reforma em uma reunião em dezembro e aplicá-la de forma transitória no primeiro semestre de 2026.

“É uma etapa-chave para a proteção dos consumidores europeus e do mercado interno”, celebrou o ministro francês da Economia, Roland Lescure, em uma declaração à AFP.

A França ameaçou neste mês suspender a plataforma Shein em seu território depois de um escândalo devido à venda online de bonecas sexuais com aparência infantil.

A polêmica coincidiu com a abertura, em Paris, da primeira loja física desta empresa fundada na China em 2012, cuja sede atualmente é em Singapura.

Este imposto será acompanhado pela introdução de despesas administrativas para cada pequena encomenda que entre no mercado da UE, a maioria comprada em plataformas de origem chinesa, como Shein e Temu.

O valor dessas despesas administrativas ainda não foi definido, embora Bruxelas tenha proposto em maio um preço de dois euros (12 reais na cotação atual) por pacote.

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