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Mauro Vieira e Marco Rubio conversam sobre tarifaço em evento do G7 no Canadá

As negociações tiveram o pontapé inicial após um breve diálogo entre Lula e Trump em setembro

Mauro Vieira e Marco Rubio conversam sobre tarifaço em evento do G7 no Canadá
Mauro Vieira e Marco Rubio conversam sobre tarifaço em evento do G7 no Canadá
Mauro Vieira e Marco Rubio durante reunião no Canadá para discutir propostas sobre tarifas comerciais entre Brasil e EUA - Reprodução/Itamaraty
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O chanceler Mauro Vieira se reuniu, nesta quarta-feira 12, com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, para discutir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O encontro informal ocorreu às margens da cúpula dos ministros de Relações Exteriores do G7, em Niágara, no Canadá.

Trata-se de mais uma etapa da articulação do governo Lula (PT) para convencer a gestão de Donald Trump a recuar na sobretaxa.

Fontes do Itamaraty afirmaram à reportagem que, na agenda desta quarta, Vieira informou a Rubio que o Brasil enviou em 4 de novembro uma proposta formal de negociação ao governo norte-americano. O chanceler brasileiro destacou que técnicos dos dois países mantêm entendimentos prévios sobre o assunto, o que indica um avanço nas tratativas econômicas.

Vieira e Rubio concordaram em agendar uma reunião presencial, ainda sem data definida, para discutir o atual estágio das tratativas iniciadas com o encontro entre o presidente brasileiro e Trump em Kuala Lumpur.

As negociações tiveram seu pontapé inicial após um breve diálogo entre os dois líderes em setembro, nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Dias depois, os dois voltaram a conversar por telefone e, em 26 de outubro, se encontraram na Malásia.

Na ocasião, houve uma sinalização de Trump quanto a discutir “soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, segundo Lula informou após o encontro.

O magnata estadunidense justificou o tarifaço, o cancelamento de vistos e a punição ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky como uma resposta ao que a Casa Branca classificou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), às vésperas do julgamento da tentativa de golpe de Estado.

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