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Supremo dos EUA se pronunciará sobre voto por correio
O caso pode impactar as eleições legislativas de meio de mandato de 2026
A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou nesta segunda-feira 10 se pronunciar sobre se as cédulas enviadas por correio e recebidas após o dia das eleições devem ser contabilizadas, um caso com possíveis repercussões nas eleições legislativas de meio de mandato de 2026.
O presidente Donald Trump é um crítico ferrenho do voto por correio, que ele deseja proibir.
O republicano nunca reconheceu sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 para o democrata Joe Biden e denunciou, sem fundamento, supostas fraudes eleitorais em massa por meio do voto por correspondência, um método amplamente utilizado nos Estados Unidos.
O caso que será analisado pela Suprema Corte diz respeito a um recurso apresentado pelo Partido Republicano contra uma lei do Mississippi.
Essa lei autoriza a contagem das cédulas recebidas até cinco dias úteis após a eleição, desde que tenham carimbo postal datado do dia da votação, no máximo. Cerca de 30 estados americanos têm leis semelhantes.
Um juiz federal havia decidido a favor do Mississippi, mas sua decisão foi anulada no ano passado por um tribunal de apelações, que considerou que as cédulas devem chegar antes do encerramento da votação para serem contabilizadas.
Esse litígio faz parte de uma série de casos relacionados aos direitos eleitorais que a Suprema Corte, de maioria conservadora, deve examinar durante a atual sessão.
O mais alto tribunal do país ouviu no mês passado argumentos sobre o uso de critérios raciais na definição dos distritos eleitorais.
A decisão sobre o voto por correio é esperada até o fim de junho e poderá se aplicar às eleições de meio de mandato de novembro de 2026.
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