Mundo
Ministro israelense incentiva judeus de Nova York a se mudarem após vitória de Mamdani
O prefeito eleito já classificou Israel como ‘regime de apartheid’
Um ministro israelense de direita instou, nesta quarta-feira 5, os judeus de Nova York a se mudarem para Israel após a eleição do esquerdista muçulmano Zohran Mamdani para chefiar a Prefeitura da cidade.
Mamdani, de 34 anos, se tornará o primeiro prefeito muçulmano de Nova York quando assumir o cargo, em janeiro.
Defensor de longa data da causa palestina, nos últimos meses Mamdani também tem denunciado publicamente o antissemitismo, assim como a islamofobia da qual ele mesmo foi vítima.
“A cidade que uma vez foi símbolo da liberdade no mundo entregou suas chaves a um partidário do [movimento islamista palestino] Hamas”, escreveu no X o ministro israelense da Diáspora e da luta contra o Antissemitismo, Amichai Chikli.
“Nova York nunca voltará a ser a mesma, especialmente para sua comunidade judaica”, acrescentou. “Convido os judeus de Nova York a considerarem seriamente estabelecer seu novo lar na Terra de Israel”.
As posições de Mamdani sobre Israel, que qualificou de “regime de apartheid” e acusou de cometer um “genocídio” em Gaza, provocaram indignação em alguns setores da comunidade judaica.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, conhecido por suas posições de extrema direita, apoiou Chikli.
“O antissemitismo venceu o bom senso. Mamdani é um partidário do Hamas, inimigo de Israel e antissemita declarado”, afirmou Ben Gvir em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interveio na reta final da campanha para qualificar Mamdani de “inimigo dos judeus” e chamou de “estúpido” quem votasse nele.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



