Saúde
Espirito Santo confirma 9 casos de contaminação por fungo em hospital
Atualmente sete salas de cirurgia do hospital, voltado ao tratamento contra câncer, estão com as atividades médicas suspensas
A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou, nesta quarta-feira 4, que ao menos nove casos do surto de síndrome respiratória aguda no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, foram identificados como histoplasmose, uma infecção causada por fungos Histoplasma capsulatum — comumente encontrado em fezes de morcegos e aves.
A doença pode apresentar sintomas como febre, dor no corpo e falta de ar, causas semelhantes a pneumonia. O fungo afeta também as percepções olfativas, gustativas, além de causar cefaleia, uma espécie de dor de cabeça mais aguda.
Atualmente sete salas de cirurgia do hospital, voltado ao tratamento contra câncer, estão com as atividades médicas suspensas.
Os resultados positivos vieram de oito funcionários do hospital e uma acompanhante de pacientes. Um dos casos estão em estado mais crítico, por isso estão em internação na UTI. A pasta também divulgou alta de outros três pacientes.
De acordo com o último boletim divulgado, 104 pacientes estão sob suspeita da doença. Na semana passada, eram 88 casos, ou seja, um aumento de quase 20% na taxa de contaminação.
No momento, há 93 casos suspeitos em monitoramento: 76 funcionários do hospital, 11 acompanhantes e seis pacientes
A presença de anticorpos foi confirmada após testes realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que investiga as causas da contaminação em conjunto com o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo.
As principais hipóteses, antes do resultado dos testes, eram de contaminação por fungo ou por bactéria. “O fungo se encaixou nessa investigação. Em relação à bactéria, normalmente ela causa quadros mais agravados do que foi visto até agora. Além do mais, não foi encontrada em nenhum teste em pacientes”, afirmou o secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, em vídeo divulgado nesta terça nas suas redes sociais, que desmentiu uma fake news de que o estado possuía 30 casos graves.
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