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Secretário-geral da ONU denuncia violações do cessar-fogo em Gaza

Hamas e Israel também trocam acusações sobre a quebra do acordo de trégua no enclave palestino

Secretário-geral da ONU denuncia violações do cessar-fogo em Gaza
Secretário-geral da ONU denuncia violações do cessar-fogo em Gaza
Bombas já tinham sido lançadas no dia 30 de outubro contra a Faixa de Gaza. Foto: Jack GUEZ / AFP
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou nesta terça-feira 4 as violações do cessar-fogo instaurado após dois anos de guerra entre o Exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Em declarações à imprensa à margem da segunda cúpula para o desenvolvimento social em Doha, Guterres afirmou que está “profundamente preocupado com as contínuas violações do cessar-fogo em Gaza”.

As violações “devem parar e todas as partes devem cumprir as decisões da primeira fase do acordo de paz”, destacou.

Uma trégua frágil é observada em Gaza desde 10 de outubro, como parte de um acordo negociado pelos Estados Unidos que permitiu a libertação de todos os reféns vivos sequestrados em Israel no dia 7 de outubro de 2023.

Contudo, a restituição dos corpos dos reféns mortos, que deveria ter acontecido na mesma data, enfrenta atrasos.

Israel acusa o Hamas de violar o acordo de trégua, enquanto o movimento islamista afirma que localizar os corpos é um trabalho mais complicado do que o previsto no território destruído pela guerra.

Israel também violou o cessar-fogo ao bombardear Gaza em várias ocasiões, alegando atuar em represália por tiros que mataram três soldados. Os ataques mataram pelo menos 45 pessoas em 19 de outubro e outras 104, incluindo quase 50 crianças, em 28 de outubro, segundo fontes palestinas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque de 7 de outubro de 2023 executado pelo Hamas em Israel, que provocou a morte de 1.221 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo um balanço estabelecido pela AFP com base em números oficiais.

A ofensiva de retaliação israelense matou mais de 68.800 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde governado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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