Mundo

Tufão Kalmaegi deixa 26 mortos nas Filipinas

Quase 400 mil pessoas foram deslocadas pelos estragos causados pela tempestade no país

Tufão Kalmaegi deixa 26 mortos nas Filipinas
Tufão Kalmaegi deixa 26 mortos nas Filipinas
O tufão Kalmaegi atinge as Filipinas. Foto: Alan TANGCAWAN / AFP
Apoie Siga-nos no

Pelo menos 26 pessoas morreram e quase 400 mil foram deslocadas nas Filipinas durante a passagem do tufão Kalmaegi, que provocou inundações nesta terça-feira 4 em grande parte do centro do país.

Vilarejos inteiros da ilha de Cebu ficaram inundados. Vídeos verificados pela AFP mostram carros, caminhões e contêineres de transporte arrastados pelas águas.

Somente em Cebu, 21 pessoas morreram, informou por telefone Rafaelito Alejandro, vice-administrador da Defesa Civil. Segundo ele, o balanço provisório é de 26 mortos, “a maioria por afogamento”.

Nas 24 horas anteriores à chegada do Kalmaegi, a área ao redor da capital provincial, a Cidade de Cebu, registrou 183 milímetros de chuva, muito acima da média mensal de 131 milímetros, informou à AFP a meteorologista Charmagne Varilla.

“A situação em Cebu não tem precedentes”, afirmou a governadora provincial Pamela Baricuatro no Facebook. “Esperávamos que os ventos representassem o perigo, mas (…) é a água que realmente coloca nossa população em risco. As águas são devastadoras”, acrescentou.

Don del Rosario, 28 anos, foi um dos moradores que buscou refúgio nos telhados e partes elevadas das casas na cidade de Cebu durante a tempestade.

“A água subiu muito rápido. Pelo que me disseram, a enchente começou por volta das 3h00. Às 4h00 já estava fora de controle, as pessoas não conseguiam sair de suas casas”, comentou.

Centenas de pessoas vivem em barracas desde o terremoto de 6,9 graus de magnitude que abalou Cebu no final de setembro.

As Filipinas enfrentam de 20 tempestades e tufões em média todos os anos, em particular em áreas propensas a desastres, onde milhões de pessoas vivem em condições de pobreza.

Os cientistas alertam que as tempestades são cada vez mais frequentes e potentes devido às mudanças climáticas causadas pelo ser humano.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo