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Inteligência Artificial vai substituir as agências de viagem? Especialista explica por que não

Para o CEO da TZ Viagens, tecnologia amplia eficiência, mas o atendimento humano segue decisivo para o turismo personalizado

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A Inteligência Artificial vem mudando a forma como as pessoas pesquisam, planejam e contratam viagens. Ferramentas que comparam preços, indicam destinos e automatizam atendimentos tornaram o processo mais rápido e acessível. Ao mesmo tempo, cresce o debate sobre o papel das agências tradicionais diante dessas transformações.

Segundo Paulo Manuel, especialista em turismo e franchising e CEO da TZ Viagens — maior rede multimarcas de agências de viagem do franchising brasileiro, com mais de 300 unidades no país e presença em Portugal —, o avanço tecnológico não elimina a importância do atendimento humano.

“Quanto mais se usa tecnologia e Inteligência Artificial, mais se necessita do contato humano e personalizado. A IA agiliza processos, mas não substitui o olhar empático e o entendimento de detalhes que só um consultor experiente oferece”, afirma.

O novo papel do agente de viagens

A aplicação da IA trouxe ganhos concretos ao setor: maior produtividade, precisão nas ofertas e economia de tempo. Esses avanços permitem que os consultores concentrem esforços no relacionamento com o cliente e na personalização da experiência.

“A Inteligência Artificial permite que os profissionais de turismo foquem no que nenhuma máquina faz — compreender motivações e criar conexões reais. Enquanto a tecnologia cuida das tarefas repetitivas, o agente tem tempo para entender o perfil do viajante e propor experiências sob medida”, explica o executivo.

O turismo se torna mais humano

De acordo com a FecomercioSP, o turismo brasileiro cresceu mais de 6% em 2024, impulsionado pela busca por experiências personalizadas e serviços com maior atenção ao cliente. Para Paulo Manuel, o movimento reforça que, mesmo com o avanço digital, o viajante quer ser ouvido e compreendido.

“O papel das agências evoluiu. Hoje, elas são curadoras de experiências. A tecnologia acelera, mas é o humano que encanta. Essa combinação é o que define o futuro do turismo”, conclui o CEO.

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