Sociedade

Policiais do Amazonas são presos com 72 quilos de ouro, avaliados em R$ 45 milhões

Agentes são suspeitos de tentar extorquir pessoas envolvidas no comércio ilegal de barras de ouro vindas da Venezuela

Policiais do Amazonas são presos com 72 quilos de ouro, avaliados em R$ 45 milhões
Policiais do Amazonas são presos com 72 quilos de ouro, avaliados em R$ 45 milhões
Operação apreendeu mais de 70kg em barra de ouro. Créditos: Divulgação/PMAM e Victor Levy / SSP-AM
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A Polícia Militar do Amazonas prendeu seis pessoas, entre elas dois policiais militares e um policial civil, em posse de 77 barras de ouro avaliadas em 45 milhões de reais. As detenções ocorreram por suspeita de contrabando e extorsão.

O caso aconteceu na noite da quarta-feira 29, em Manaus. Os agentes chegaram ao local após uma denúncia de que três homens teriam invadido uma residência armados, utilizando balaclavas.

A suspeita inicial era que se tratava de um sequestro. Ao chegarem ao local, no entanto, os agentes identificaram que os invasores eram policiais.

O comandante da Rocam, coronel Renan Carvalho, explicou em entrevista à TV A Crítica que um homem venezuelano, dono do imóvel, negociava com outros dois homens o ouro ilegal, vindo da Venezuela. No momento da transação, o grupo foi rendido pelos policiais invasores, que na sequência teriam tentado extorquir os presentes. Os policiais suspeitos de envolvimento no crime estavam de folga.

Os agentes que atenderam à ocorrência encontraram 77 barras de ouro, totalizando 72,5 quilos, parte delas no tanque de um veículo que estava na casa e seria utilizado para transportar o material.

Além das barras de ouro, a polícia apreendeu cinco armas de fogo, 132 munições, dois coletes balísticos, oito aparelhos celulares, dois carros, uma algema, um coldre velado e 2.150 reais em espécie, além de 5 dólares.

A Polícia Civil anunciou a abertura de um inquérito, que terá o acompanhamento da Diretoria de Justiça e Disciplina da corporação. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Federal também instaurará um inquérito para verificar a possível participação de outros servidores no esquema ilegal de venda de ouro.

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