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Câmeras corporais podem não ter gravado partes da megaoperação por falta de bateria, diz secretário da PM

A operação desta terça-feira se tornou a mais letal da história do Rio, com mais de 130 mortes

Câmeras corporais podem não ter gravado partes da megaoperação por falta de bateria, diz secretário da PM
Câmeras corporais podem não ter gravado partes da megaoperação por falta de bateria, diz secretário da PM
Operação policial no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025 deixa mais de 60 mortes. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcelo de Menezes, afirmou que as câmeras corporais dos agentes podem não ter registrado toda a megaoperação realizada na terça-feira 29. O fornecimento das imagens é um dos pontos elencados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em decisão que ordenou o detalhamento da ação responsável por mais de 130 mortes.

Em entrevista com a cúpula de segurança do estado, na tarde desta quarta-feira 29, Menezes explicou que a movimentação para a saída das equipes começou ainda na madrugada, por volta das 3h, e que as baterias dos equipamentos têm duração de cerca de 12 horas. Por isso, ele indicou a possibilidade de os aparelhos não terem capturado toda a operação.

“É preciso considerar que, em algum momento, há a substituição dessas baterias quando o policiamento ostensivo está em andamento. Diante do cenário em que os policiais atuavam na operação, certamente, em determinado momento, as baterias se esgotaram e as gravações foram interrompidas. Como houve forte confronto, isso impediu que as baterias fossem substituídas”, disse Menezes.

O secretário destacou ainda que todas as determinações definidas na ADPF das Favelas foram cumpridas e que as imagens captadas pelas câmeras serão disponibilizadas aos órgãos de controle. A operação desta terça-feira se tornou a mais letal da história do Rio.

O objetivo da ação, de acordo com o governo Claudio Castro (PL), era prender líderes do Comando Vermelho que estariam nos complexos do Alemão e da Penha. Cerca de 81 pessoas foram detidas na operação.

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