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Operação com mais de 60 mortes é tragédia e MP deve investigar, diz Human Rights Watch

Para a ONG, sucessão de operações letais não resulta em maior segurança

Operação com mais de 60 mortes é tragédia e MP deve investigar, diz Human Rights Watch
Operação com mais de 60 mortes é tragédia e MP deve investigar, diz Human Rights Watch
Operação policial no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025 deixa mais de 60 mortes. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A ONG Human Rights Watch Brasil defendeu que o Ministério Público investigue cada uma das 64 mortes registradas na megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho nesta terça-feira 28.

Segundo a entidade, uma ação com mais de 60 moradores e policiais mortos é “uma enorme tragédia”. Assim, cabe ao MP apurar também “o planejamento e as decisões do comando da polícia e das autoridades do Rio”.

“A sucessão de operações letais que não resultam em maior segurança para a população, mas que na verdade causam insegurança, revela o fracasso das políticas do Rio de Janeiro”, reforça a HRW. “O Rio precisa de uma nova política de segurança pública, que pare de estimular confrontos que vitimizam moradores e policiais.”

A ONG recomenda envolver as comunidades e outros atores sociais nesse trabalho, além de basear a atividade policial em investigação e inteligência para desarticular o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro, e o vínculo entre grupos criminosos e agentes do Estado.

A operação policial desta terça é a mais letal já registrada no Rio. Até aqui, essa marca cabia à chacina do Jacarezinho, em 2021, com 28 mortes.

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