Política

A resposta do governo Lula a Cláudio Castro sobre megaoperação no Rio

Ação contra o Comando Vermelho deixou mais de 60 mortos nesta terça-feira 28

A resposta do governo Lula a Cláudio Castro sobre megaoperação no Rio
A resposta do governo Lula a Cláudio Castro sobre megaoperação no Rio
Operação policial no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O Ministério da Justiça, chefiado por Ricardo Lewandowski, contestou declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sobre a megaoperação policial contra o Comando Vermelho nesta terça-feira 28.

Pelo menos 64 pessoas morreram – incluindo quatro policiais – e 81 foram presas. Trata-se da operação mais letal da história do estado.

Castro afirmou que o governo federal negou ajuda para operações e que o Rio estava “sozinho” na ação realizada nesta terça nos complexos do Alemão e da Penha.

“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, alegou o governador. Ele, porém, não solicitou formalmente ao presidente Lula (PT) um decreto de Garantia da Lei e da Ordem.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que “tem atendido, prontamente, a todos os pedidos” do governo fluminense para o emprego da Força Nacional, em apoio aos órgãos de segurança estaduais. “Desde 2023, foram 11 solicitações de renovação da FNSP no território fluminense. Todas acatadas.”

Segundo o governo federal, a Polícia Federal realizou neste ano 178 operações no estado do Rio, 24 delas relacionadas a tráfico de drogas e de armas. No período, além de 210 prisões — 60 ligadas a investigações sobre o tráfico —, houve a apreensão de 10 toneladas de drogas e de 190 armas de fogo.

A pasta de Lewandowski menciona também o direcionamento, via Fundo Nacional de Segurança Pública, de quase 288 milhões de reais ao Rio de Janeiro desde 2019 — com rendimentos, o montante chega a 331 milhões. “Desse total, pouco mais de 157 milhões de reais foram executados até o momento, deixando um saldo superior a 174 milhões disponíveis.”

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