Mundo
O que está em jogo nas eleições legislativas da Argentina
O pleito renovará metade dos 257 deputados e um terço dos 72 senadores
A Argentina realiza, neste domingo 26, eleições legislativas para renovar metade dos 257 deputados e um terço dos 72 senadores. Atualmente, o Congresso conta com uma minoria governista. O resultado do pleito, portanto, pode facilitar ou dificultar ainda mais a governabilidade do presidente Javier Milei.
Enquanto o partido do governo, La Libertad Avanza, se apresenta sozinho ou junto à legenda de direita Proposta Republicana (PRO) — dependendo da província —, a oposição peronista concorre sob a marca de Fuerza Patria.
As urnas abriram às 9h, com atraso em algumas cidades. Milei votou por volta das 11h na sede da Universidad Tecnológica Nacional, em Buenos Aires.
Embora tenha sido eleito com 56% dos votos no segundo turno em 2023, o presidente enfrenta uma crise econômica que atinge sua popularidade. Uma pesquisa divulgada na última sexta-feira 24 mostra que subiu a diferença entre o percentual de argentinos que não aprovam e aqueles que aprovam o trabalho de Milei.
De acordo com o levantamento, 55,7% dos eleitores desaprovam o trabalho de Milei. Outros 39,9% dizem aprovar, enquanto 4,4% não responderam. A diferença de quase 15 pontos entre os dois grupos é a maior já registrada pela Atlas e confirma uma tendência que vem se consolidando nos últimos meses: Milei parece ter perdido terreno.
Mesmo com projeções desfavoráveis, o presidente afirmou que conseguir um terço dos legisladores em cada Casa já seria “um bom resultado”. Trata-se, por exemplo, da base mínima para impedir a reversão de um veto presidencial.
(Com informações da AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



