Mundo
A sugestão de Lula a Trump sobre tensão com a Venezuela
O tema entrou em pauta na reunião entre os presidentes na Malásia, neste domingo 26
O presidente Lula (PT) afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode trabalhar como um mediador da tensão entre Washington e o governo da Venezuela, comandado por Nicolás Maduro.
A confirmação de que o tema entrou em pauta no encontro entre Lula e Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo 26, partiu do chanceler Mauro Vieira.
“[Lula] levantou o tema, disse que a América Latina e a América do Sul, especificamente onde estamos, é uma região de paz e se prontificou a ser um contato, ser um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países“, disse o ministro das Relações Exteriores.
Trump ordenou o envio de forças militares para a América Latina com o suposto objetivo de combater o narcotráfico, mas Maduro teme que a operação busque derrubá-lo do poder.
Em setembro, as forças americanas começaram uma série de ataques contra barcos suspeitos de contrabando de drogas, que já resultaram na destruição de ao menos dez embarcações, nove lanchas e um semissubmersível. Essas operações deixaram pelo menos 43 mortos — sem que Washingtn tenha apresentado provas de que os alvos realmente transportavam narcóticos.
No sábado 25, a Venezuela realizou exercícios militares para proteger seu litoral de eventuais “operações encobertas” aprovadas pelo governo dos Estados Unidos, anunciou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
Trump autorizou operações da CIA na Venezuela e disse que considera realizar ataques terrestres contra supostos cartéis de drogas no país.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Lula diz que reunião com Trump foi ótima; governos negociarão tarifaço e sanções
Por CartaCapital
Quem acompanhou Lula e Trump em reunião sobre o tarifaço na Malásia
Por CartaCapital



