Sociedade
Operação mira suspeitos de planejar assassinatos de autoridades em SP
De acordo com o Ministério Público, o caso teria relação direta com a atuação do PCC na região de Presidente Prudente
O Ministério Público de São Paulo e as polícias Civil, Militar e Penal realizam nesta sexta-feira 24 uma operação para tentar desarticular planos de assassinatos de autoridades públicas na região de Presidente Prudente, interior paulista.
Os alvos da operação desta sexta são supostos integrantes da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC, que, segundo as investigações, planejaram as mortes do promotor de Justiça Lincoln Gakyia, do MPSP, e do coordenador de Unidades Prisionais da Região Oeste do estado de São Paulo, Roberto Medina, da Polícia Penal.
Os agentes públicos foram às ruas em Presidente Prudente e nas cidades de Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau e Santo Anastácio para o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Segundo a Polícia Civil e o MPSP, os suspeitos vinham monitorando a rotina de Gakyia e Medina e de seus familiares para planejar os possíveis ataques. A operação desta sexta tem o objetivo de tentar identificar todos os responsáveis pelo planejamento dos atentados.
“De acordo com os elementos colhidos, os criminosos já haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários de autoridades, num plano meticuloso e audacioso que demonstrava o grau de periculosidade e ousadia da organização”, diz o MPSP, em nota. “A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama”, explica o órgão.
Até aqui, as investigações já identificaram envolvidos na fase de reconhecimento e vigilância. Materiais e equipamentos apreendidos serão enviados para perícia para ajudar a reconhecer outros integrantes da organização.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Lojas de brinquedos em SP são alvos de operação por suspeita de lavagem de dinheiro do PCC
Por CartaCapital
Polícia investiga postos de empresários suspeitos de vínculo com o PCC em São Paulo
Por Danilo Queiroz
Leia decisão que mandou prender empresários suspeitos de integrar plano do PCC para matar promotor
Por CartaCapital
Penas mais duras e banco nacional de dados: o que propõe a ‘Lei Antifacção’ do governo Lula
Por Vinícius Nunes



