Política
Carol de Toni ameaça deixar o PL se ficar fora de disputa ao Senado em SC
A imposição do nome de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para o Senado no estado tem atropelado outros nomes da direita catarinense
A deputada federal Carol de Toni (PL-SP) ameaçou, nesta quinta-feira 23, deixar o seu partido se for preterida para a disputa pelo Senado catarinense em 2026. Segundo a parlamentar, a expectativa é tentar resolver com o partido até março, durante a janela partidária – período em que parlamentares podem trocar de partido sem risco de perder o mandato atual por infidelidade partidária.
Com duas vagas em disputa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou a lideranças do estado que vai impor o nome do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para a disputa. O governador Jorginho Mello (PL), por sua vez, tem planos de endossar a reeleição de Espiridião Amin (PP), deixando de Toni de fora.
“Só me resta duas alternativas: pretendo ver se essa situação se resolve dentro do partido até o ano que vem. O Jorginho esteve em Xanxerê e disse que a vaga seria minha, mas ele não quer abrir mão do tempo de TV do Amin, então, até março, espero conseguir resolver isso dentro do partido. Se não conseguir, vou buscar um outro partido para concorrer“, disse em entrevista à rádio Princesa de Xanxerê.
A imposição do nome de Carlos para o Senado em SC tem atropelado outros nomes da direita catarinense que almejavam uma candidatura à Casa Alta. Além disso, setores empresariais também veem com maus olhos a candidatura, já que Carlos não possui ligações com o estado.
Sem citar nomes, a Federação das Indústrias de Santa Catarina afirmou em junho que o estado “tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso”. Se Carlos for eleito, duas das três vagas de Santa Catarina no Senado serão ocupadas por cariocas.
O nome do vereador do Rio, entretanto, tem sido testado para a vaga. Segundo o levantamento do Real Time Big Data divulgado em setembro, Carlos aparece na liderança com pelo mais de 40% das intenções de voto.
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