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A nova reação da China aos EUA contra ‘diplomacia da coerção’ sobre Cuba

Havana voltou a denunciar o que considera uma ‘campanha caluniosa’ de Washington

A nova reação da China aos EUA contra ‘diplomacia da coerção’ sobre Cuba
A nova reação da China aos EUA contra ‘diplomacia da coerção’ sobre Cuba
Donald Trump e Xi Jinping Foto: Mandel NGAN e Pedro Pardo / AFP
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Guo Jiakun criticou, nesta quinta-feira 23, o embargo imposto pelos Estados Unidos contra Cuba há mais de 60 anos. Trata-se, de acordo com ele, de uma aposta dobrada na “diplomacia da coerção”.

Na quarta-feira 22, o governo cubano denunciou o que considera uma “campanha caluniosa” de Washington para pressionar países da América Latina e da Europa a não apoiar na ONU a resolução que pede o fim do bloqueio.

Segundo o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, autoridades norte-americanas mandaram comunicados e cartas a representantes de outras nações afirmando que Havana teria enviado militares para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia.

As Nações Unidas votarão a resolução sobre Cuba na terça-feira 28 e na quarta 29, em uma Assembleia-Geral.

“O bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba nas últimas seis décadas causou grande sofrimento ao povo cubano”, disse Jiakun. “Em vez de refletirem sobre o que fizeram, os Estados Unidos agora intensificaram sua diplomacia coercitiva. Isso viola gravemente o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, bem como princípios humanitários.”

O porta-voz reforçou que Pequim se opõe ao embargo e votou 32 vezes seguidas, desde 1992, a favor de resoluções pela queda do bloqueio.

“Apelamos aos Estados Unidos para que suspendam o bloqueio contra Cuba o mais breve possível, removam Cuba da chamada ‘lista de Estados patrocinadores do terrorismo’ e ajam para contribuir com a melhoria das relações e com a paz e a estabilidade na região.”

A resolução que pede o fim do embargo a Cuba foi aprovada em 2024 com 187 votos a favor, dois contra — Estados Unidos e Israel — e uma abstenção (Moldávia).

De acordo com Havana, entre março de 2024 e fevereiro de 2025 o bloqueio causou perdas e danos estimados em 7,55 bilhões de dólares, com impacto negativo em todas as áreas econômicas e sociais.

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