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Veja as penas impostas pelo STF aos condenados do núcleo da desinformação na trama golpista
A Primeira Turma finalizou o julgamento dos sete réus nesta terça-feira 21


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira 21, por 4 votos a 1, condenar os sete réus do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado, conhecido como o núcleo da desinformação.
Votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino (presidente). Apenas Luiz Fux defendeu absolver os réus.
Ao fim da leitura dos votos, os ministros fixaram a duração das penas. Confira:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército): 13 anos e 6 meses de prisão. Regime fechado;
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército): 17 anos de prisão. Regime fechado;
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército): 14 anos de prisão. Regime fechado;
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército): 13 anos e 6 meses de prisão. Regime fechado;
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército): 15 anos e 6 meses de prisão. Regime fechado;
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal): 14 anos e 6 meses de prisão. Regime fechado; e
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal): 7 anos e 6 meses de reclusão. Regime semiaberto.
Em 11 de setembro, a Primeira Turma condenou os oito réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Relembre a dosimetria:
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: 2 anos de reclusão;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente: 27 anos e três meses de prisão;
- Walter Braga Netto, general, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa: 26 anos de prisão;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF: 24 anos de prisão;
- Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha: 24 anos de prisão;
- Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do GSI: 21 anos de prisão;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa: 19 anos de prisão; e
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin: 16 anos, um mês e 15 dias de prisão.
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