Política
A primeira declaração de Márcio Macêdo após deixar a Secretaria-Geral da Presidência
Quem entra no lugar do petista na Secretaria-Geral da Presidência da República é o deputado federal Guilherme Boulos


O ex-ministro Márcio Macêdo afirmou nesta segunda-feira 20 que deixou o governo Lula (PT) para focar na sua candidatura em 2026. Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, Macêdo disse que sai da Secretaria-Geral da Presidência da República com a “sensação de missão cumprida”.
“Todas as propostas que o presidente assumiu nas urnas na campanha eleitoral, todas os programas que foram discutidos e organizados na transição e todas as propostas que compõem o programa do presidente Lula no que concerne à participação social estão sendo colocadas em prática”, disse o petista, que será substituído pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na pasta.
A troca se concretiza fora do calendário da reforma ministerial prevista para abril de 2026 — quando acontece a desincompatibilização eleitoral — e é vista como uma movimentação estratégica de Lula para reforçar os laços do governo com os movimentos populares e a militância de esquerda.
O anúncio da mudança ocorreu após uma reunião nesta segunda-feira entre Lula, Boulos e Macêdo, com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).
Com assento direto no Palácio do Planalto, a Secretaria-Geral é uma das pastas mais próximas do presidente e tem papel central na articulação social e política da Presidência. A expectativa é que Boulos lidere uma retomada do diálogo com organizações e redes de base que expressavam insatisfação com o ritmo das políticas sociais do governo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Saída de Márcio Macêdo marca a 13ª troca de ministros de Lula; veja a lista
Por CartaCapital
O plano do PSOL para Boulos em 2026, após nomeação em ministério
Por Leonardo Miazzo