CartaExpressa
Zanin nega habeas corpus a militar acusado de deserção
A Defensoria Pública da União alegava abuso de poder do STM, mas o ministro rechaçou a versão


O ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin rejeitou conceder um habeas corpus ao ex-soldado do Exército Dhemerson Vitor Carvalho Alves, acusado pelo Ministério Público Militar do crime de deserção.
Segundo a Defensoria Pública da União, o Superior Tribunal Militar cometeu abuso de poder ao determinar o prosseguimento da ação penal mesmo após Alves deixar as Forças Armadas.
O STM concluiu que o fato de Alves ter se licenciado do Exército após o oferecimento da denúncia pelo MPM não impede a continuidade do processo penal militar.
Ao negar o habeas corpus, na última sexta-feira 17, Zanin anotou que a jurisprudência do STF indica ser irrelevante para a ação penal a exclusão posterior das Forças Armadas. Ou seja: no crime de deserção, vale a condição de militar no momento do recebimento da denúncia.
Segundo o Código Penal Militar, configura-se o crime de deserção quando um integrante das Forças Armadas se ausenta por mais de oito dias, sem licença, da unidade em que serve ou do lugar em que deve permanecer. A pena é de detenção de seis meses a dois anos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

STM condena civil por receptação de pistola das Forças Armadas
Por CartaCapital
STM condena sargento do Exército por corrupção em licitação
Por CartaCapital
STM condena mulher fraudou licitação da Marinha e comprou produtos em site chinês
Por CartaCapital