Mundo
Trump diz que ‘não gosta’ do embaixador australiano nos EUA
O presidente dos EUA recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro Anthony Albanese


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou desdém pelo embaixador da Austrália, o político de esquerda Kevin Rudd, nesta segunda-feira 20, durante uma reunião com primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, na Casa Branca.
Trump e seus principais assessores receberam Albanese para um almoço de trabalho e, antes disso, fizeram declarações aos jornalistas.
Quando questionado sobre como ele se sentia em relação aos comentários anteriores de Rudd, o magnata republicano respondeu: “Não sei nada sobre ele.”
Albanese permaneceu em silêncio, enquanto o mandatário americano comentou: “Se ele disse algo ruim, então talvez gostaria de se desculpar”. Em seguida, dirigiu-se ao premiê: “Onde ele está? Ainda trabalha para você?” .
O primeiro-ministro sorriu desconfortavelmente antes de apontar para Rudd, que estava sentado do outro lado da mesa. O político logo explicou: “Isso foi antes de eu assumir este cargo, senhor presidente”.
Político trabalhista, Rudd fez duras críticas a Trump após o término de seu primeiro mandato (2017-2021): afirmou que o republicano era o “presidente mais destrutivo da história” e “um traidor do Ocidente”, alguém que “arrasta os Estados Unidos e a democracia pela lama”.
O mandatário interrompeu as explicações do embaixador: “Eu também não gosto de você. E provavelmente nunca vou gostar.”
Os funcionários reunidos de ambos os países aliados riram antes que outro jornalista rapidamente fizesse uma nova pergunta.
Rudd, um ex-primeiro-ministro que fala mandarim, foi designado embaixador durante a presidência de Joe Biden, com a esperança de que sua experiência na China lhe conferisse influência em Washington.
No ano passado, durante a campanha presidencial, Trump classificou Rudd como “desagradável” e disse que ele não duraria muito como embaixador, em uma entrevista ao político britânico de extrema-direita Nigel Farage.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Zelensky afirma que está disposto a participar de reunião Trump-Putin
Por AFP
Trump acusa Petro de incentivar produção de drogas e corta ajuda financeira à Colômbia
Por AFP
Petro acusa governo Trump de violar soberania da Colômbia
Por AFP