Mundo
Quem é e o que pensa Rodrigo Paz, presidente eleito da Bolívia
A vitória do senador de centro-direita encerra 20 anos de governos socialistas no País


Rodrigo Paz, senador de centro-direita e filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989-1993), foi eleito neste domingo 19 como novo presidente da Bolívia. A vitória encerra 20 anos de governos socialistas.
Paz nasceu na Espanha, País do qual também tem a nacionalidade, e passou a infância na Argentina, Chile, Peru, Venezuela e Panamá, entre outros.
O economista terá o desafio de tirar a Bolívia de sua pior crise econômica em quatro décadas. Paz propõe uma forte descentralização e um “capitalismo para todos”: um programa de formalização do trabalho, com redução de impostos e eliminação de barreiras burocráticas.
Ele pretende “arrumar a casa”, também com cortes de subvenções e “gastos supérfluos”, antes de solicitar créditos que aumentem a dívida externa.
Rodrigo Paz não é um novato na política. Foi deputado, prefeito e atualmente é senador por Tarija, um departamento rico em gás e petróleo, berço de sua família.
Em sua linhagem também aparece seu tio, o guerrilheiro Néstor Paz, que morreu de inanição após um combate, e seu tio-avô Víctor Paz Estenssoro, quatro vezes presidente e idealizador do voto universal e da reforma agrária.
Paz obteve 54,5% dos votos apurados, contra 45,4% de seu rival, o ex-presidente de direita Jorge Quiroga. A contagem oficial é do Tribunal Supremo Eleitoral com mais de 97% das urnas apuradas.
(Com informações da AFP).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.