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Policiais são feridos por flechas em protestos na Colômbia contra os EUA

Organizações sociais, indígenas e camponesas se manifestaram contra Donald Trump em frente à sede diplomática americana

Policiais são feridos por flechas em protestos na Colômbia contra os EUA
Policiais são feridos por flechas em protestos na Colômbia contra os EUA
Protesto em Bogotá, Colômbia, em 17 de outubro de 2025. Foto: Andrea Ariza/AFP
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Quatro policiais ficaram feridos por flechas e explosivos nesta sexta-feira 17 durante protestos de organizações sociais em frente à embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, a capital da Colômbia, em rejeição às políticas do governo de Donald Trump.

Com uma flecha cravada no braço, um policial antidistúrbio queixava-se de dor enquanto o caos tomava conta do ambiente, com barulho de sirenes e muito gás lacrimogêneo, segundo imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa.

“Alguns criminosos, alguns encapuzados, atacaram a embaixada com artefatos incendiários, explosivos e flechas. Quatro policiais ficaram feridos no rosto, nas pernas e nos braços”, afirmou no X o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán.

Sob o nome de “Congresso dos Povos”, organizações sociais, indígenas e camponesas protestaram contra Trump em frente à sede diplomática americana, disse à AFP um de seus porta-vozes, Jimmy Moreno.

“Estamos nos manifestando por nossa soberania, pelo fim da ingerência dos Estados Unidos, contra tudo o que envolve os Estados Unidos no genocídio palestino, sua ingerência na América Latina e a ameaça que eles vêm fazendo no Caribe […] ameaçando o modelo bolivariano venezuelano”, acrescentou.

As manifestações começaram na segunda-feira em diferentes pontos da capital, mas a jornada desta sexta acabou em violência.

“Ordenei o máximo cuidado com a embaixada dos Estados Unidos em Bogotá. […] Um grupo mais radical agrediu a polícia que protege a embaixada, com vários jovens feridos por flechas”, declarou no X o presidente Gustavo Petro.

O primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia rejeita a presença militar dos Estados Unidos no Caribe, perto do litoral venezuelano, e afirma que, nos ataques americanos contra supostas embarcações de narcotraficantes, morreram colombianos e pescadores.

Ele também é um crítico ferrenho do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a quem chama de “genocida” por sua incursão em Gaza.

Em um comunicado, o Congresso dos Povos manifestou concordância com Petro, mas pediu ao governo que construa “uma frente anti-imperialista”.

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